sexta-feira, 23 de maio de 2014

Crítica: X-Men: Dias de um Futuro Esquecido

Sem dúvidas, a franquia "X-Men" é uma das mais longas do cinema. Começou em 2000 sua jornada protagonizada por Hugh Jackman que viria se eternizar como Wolverine, um dos mutantes mais adorados pelos fãs e pelas mulheres também.
Passados 14 anos desde sua estreia, chega a sétima aventura dos mutantes aos cinemas: X-Men: Dias de um Futuro Esquecido.



Para início de conversa, "Dias de um Futuro Esquecido" é um filme complicado. Todos os eventos ocorridos nos filmes anteriores, são considerados e expostos neste filme, com exceção de "X-Men Origens: Wolverine", ao que parece, a Dona Fox deletou a existência do filme da cronologia. Ou seja, se você não assistiu "X-Men", "X2", "X-Men: O Confronto Final", "X-Men Origens: Wolverine", "X-Men: Primeira Classe" e "Wolverine Imortal" recomendo que vá até a locadora mais próxima e faça uma sessão mutante antes de ir ao cinema.


O Enredo

Voltamos aos nossos personagens clássicos como Professor Xavier, Magneto, Tempestade e Wolverine (interpretados, respectivamente, por Patrick Stewart, Ian McKellen, Halle Barry e Hugh Jackman) no futuro de 2020. Os mutantes foram caçados e exterminados pelas máquinas avançadas chamadas Sentinelas, que possuem o poder de se adaptar de acordo com o inimigo, ou seja, se tornam invencíveis. Poucos mutantes restaram, entre eles, Bobby (o Homem de Gelo) e Kitty Pride (a Lince-Negra), e vivem em constante fuga por sua sobrevivência.

Da esquerda para direita: Macha Solar, Lince Negra, Homem de Gelo e Colossus

Sempre encontrados pelos Sentinelas, os X-Men usam os poderes de Kitty para enviar um dos integrantes para o passado (dias antes do ataque) para avisar da chegada do inimigo, assim, sobrevivendo. Professor Xavier explica que para finalizar esse ciclo, seria necessário enviar alguém de volta a década de 1970, quando o inventor Bolivar Trask (Peter Dinklage, o Tyrion Lannister de Game Of Thrones) resolve criar os Sentinelas. Porém, Wolverine é o único capaz de retornar, devido a seu fator de cura que poderia se recuperar dos danos cerebrais causados pela viagem.

Então a missão de Wolverine agora é retornar para 1973 e encontrar Professor Xavier e Magneto (interpretados por James McAvoy e Michael Fassbender, de X-Men: Primeira Classe) para impedir a morte de Trask pelas mãos de Mística (Jennifer Lawrence), o que resultaria em sua captura e uso de seu DNA para criação dos Sentinelas avançados do futuro.

                                             Magneto: Preso acusado pelo assassinato de JFK
A Opinião
Um dos elementos mais importantes deste filme é quem está por trás dele: Bryan Singer, o diretor dos dois primeiros filmes da franquia. Há quem adore seu trabalho e há quem odeie, mas sejamos sinceros, ele sabe dirigir X-Men. Com o bom pai a casa torna, Singer fez algo que nenhum dos fãs e espectadores esperavam: Consertar a cronologia da saga. Convenhamos que nos últimos filmes, por mais divertidos e emocionantes que fossem, sempre havia um sério problema em cronologia.

O único defeito nesta tarefa de Singer foi o tempo. O filme em si possui um grande enredo, que engloba muitos acontecimentos, sejam anteriores ao filme, durante o filme e após o filme e colocar tudo perfeitamente e arrumar a cronologia em um período de 2 horas e 30 minutos é basicamente impossível. O filme que deveria ser uma sequência direta de "X-Men: Primeira Classe", ficou parecendo que fora não o segundo filme, porém o de uma trilogia, pois muitos acontecimentos importantes foram ditos e não explorados e muito menos explorados.

                                            Blink (Fan BingBing) uma das surpresas e colírios do filme.           

Por consequência disto, não só perdemos muita explicação sobre destino de determinados personagens como diversas cenas deletadas durante o corte final do filme, que no caso, a Vampira acabou saindo do filme devido ao corte de suas cenas.

A trama no futuro é bem pequena, em comparação com o passado, desde o início do filme, onde Xavier aparece no Jato X descendo com Wolverine, Magneto e Tempestade dá uma tremenda nostalgia. Podia ter aproveitado muito mais este período, mas, como eu expliquei, a duração do filme não permitia. 


Apesar do filme prender as pontas soltas da cronologia, o futuro da saga é incerto. O próximo filme já foi anunciado e temos um vislumbre do que vem por aí na cena pós-créditos, o que nos deixa sem saber, teremos as histórias agora contadas pelos X-Men de James McAvoy e Michael Fassbender ou serão de Patrick Stewart e Ian McKellen? Nos resta aguardar.

Enfim...
"X-Men: Dias de um Futuro Esquecido" é um tremendo filme? Sim. Vale a pena? Sim. É o melhor até agora? Não.
O que torna o filme tão especial é o fato da nostalgia em vermos a turma de mutantes que não vemos desde 2006 novamente, com muitas surpresas boas guardadas para o final. Fox conseguiu guardar bem o segredo para deixar o melhor para o final. 
Apesar do tempo ser curto para contar uma história tão grande, "Dias de um Futuro Esquecido" é um marco gigantesco na saga de X-Men que não pode deixar de ser assistido por quem acompanha a saga.


Nota: 7 / 10

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Crítica: Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro

Quando o assunto é filme do Homem-Aranha, logo vem a mente a já clássica trilogia dirigida por Sam Raimi, que foi estrelada por Tobey Maguire e Kirsten Dunst. Sempre será referência, pois há 10 anos atrás estávamos assistindo o Homem-Aranha 2 nos cinemas, ou seja, é uma franquia recente.
O Espetacular Homem-Aranha chegou aos cinemas em 2012, com nova história, novo visual e o mais importante: novo elenco. Não sabíamos no que iria dar, como seria o filme em si e como seria dali em diante.

Então "O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro" chega aos cinemas, de forma marcante e consegue se estabelecer como uma nova franquia. E devo dizer, é um dos melhores, se não, o melhor filme do cabeça de teia já feito.


A Trama 

Vemos Peter Parker (Andrew Garfield) vivendo a boa vida como o vigilante mascarado de Nova York: Nova roupa, novos lançadores de teia, um bom relacionamento com uma bela namorada (Emma Stone), adorado pelos cidadãos da cidade e ainda um bom exemplo de sobrinho para sua querida Tia May (Sally Fields), porém, ainda busca descobrir a verdade que é escondida sobre seus pais. 


Enquanto isso, o dono da Oscorp, Norman Osborn vem a falecer devido a uma doença genética degenerativa, em seu leito de morte, deixa seu filho, Harry (Dane DeHaan) ciente de que ele também deverá ter o mesmo destino que seu pai.

Apesar das sombras que cercam a indústria, também há Max Dillon (Jamie Foxx), um funcionário esquecido por todos ao seu redor e sem amigos, que se vê fanático pelo cabeça de teia após ser salvo de um atropelamento e mais tarde, vem sofrer um terrível acidente na própria Oscorp, tendo o seu corpo eletrocutado ao cair em um tanque de energia da empresa.



Assustado pela sua situação e causando pânico e medo nos cidadãos, Dillon assume a identidade de Electro e busca vingança pelo Homem-Aranha que agora, o vê como um amigo que o traiu.

Ligados por uma rede de segredos e pistas, Peter descobre que o segredo de seus pais está ligado ao mesmo tempo com seu legado de herói e com seu futuro e com suas amizades e conexões com seu amigo, Harry Osborn. Agora resta saber se o Homem-Aranha será capaz de lidar contra a ameaça de Electro, ao mesmo tempo que precisa manter sua namorada a salvo e se conseguirá também salvar a vida de seu amigo Harry.




O Filme 
Longe de estar isento de erros e algumas apostas erradas, "O Espetacular Homem-Aranha 2" soube ser forte, divertido, cheio de ação e acima de tudo, emocionante. É difícil de não associar o filme ao último filme da trilogia anterior, "Homem-Aranha 3", pelo seu excesso de vilões e momentos em que a trama se perde devido ao número de vilões. O filme consegue se equilibrar bem, começa de maneira forte logo após a primeira cena, um flashback, e consegue acertar, e muito bem, durante o começo, o meio e definitivamente, o fim. 

Os efeitos especiais estão maravilhosos, assim como a atuação dos atores. Andrew Garfield sem dúvidas É o Homem-Aranha, é o personagem que eu, você e seus amigos leem nas revistas em quadrinhos. Se no filme anterior, ele foi apresentado ao personagem, nesta sequência, ele dominou o personagem da cabeça aos pés.


Emma Stone é a namorada perfeita com que todos sonhamos e associamos aos nossos relacionamentos. Dane DeHaan atua com perfeição tanto como o filho abandonado pelo pai quanto o vilão maníaco e Jamie Foxx como sempre, uma atuação tocante com seus personagens, porém, é uma pena que após a transformação como Electro, o vilão parece ter se tornado apenas uma computação gráfica sem atuação. 

O melhor do filme é assistir como se estivesse lendo uma revista em quadrinhos do herói. Marc Webb fez um trabalho fantástico neste filme e nos deixa bastante ansioso para o que virá a seguir. 


Para não estragar a surpresa, vá ao cinema mais rápido que puder e aproveite O Espetacular Homem-Aranha, um filme emocionante e divertido que lhe dará uma folga do que estamos acostumados com Os Vingadores. 


Nota: 9,5 \ 10