quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Thor: O Mundo Sombrio - Crítica

No segundo filme do vingador, vemos Thor (Chris Hemsworth) mais maduro e responsável, pronto para assumir o trono como rei de Asgard ao mesmo tempo que combate o caos e a desordem que seu irmão malígno Loki (Tom Hiddleston) provocou nos nove reinos durante sua rebelião e tirania. Quando uma força maligna é despertada, um vilão ancestral retorna em busca de vingança de Asgard, tal força que pode resultar a escuridão eterna nos nove reinos e para isto, Thor se encontra em uma missão para não apenas salvar os nove reinos, mas também aqueles que o amam.


Junto com Homem de Ferro 3, o filme faz parte da chamada "Fase 2" criada pela Marvel Studios, ou seja, uma nova fase com novas sequências dos heróis que irá concluir em 2015 com a estréia de Os Vingadores 2: A Era de Ultron. Apesar de Tony Stark ter estreiado a Fase 2 este ano com seu terceiro longa, foi Thor: O Mundo Sombrio que apresentou evolução.

Evolução no modo o filme é apresentado, eu me refiro, momentos antes do início do filme, temos a exibição do trailer do próximo longa da franquia Marvel: Capitão América 2 - O Soldado Invernal e logo em seguida, vemos o logotipo 'Marvel Studios' apresentado na abertura de todos os seus filmes com um visual mais moderno e bem trabalhado, exibindo que tal fase é uma evolução não apenas nas histórias, mas em todo o estúdio que produz.


Enquanto Thor se encontra em batalhas, pacificando os nove reinos, Loki está aprisionado nas masmorras de Asgard, que segundo Odin (Anthony Hopkins), só está vivo por causa dos sentimentos que Frigga (Rene Russo), sua esposa, ainda tem pelo filho adotivo. O decorrer das histórias de Loki, que se encontra aprisionado, e Thor, que está em constante luta nos reinos, é vagaroso e detalhado, dando maior importância aos detalhes do que o desenvolver do filme.
Não sendo um ponto negativo, o diretor Alan Taylor se preocupou em contar as consequências dos eventos de "Thor" (2011) e "Os Vingadores" (2012) e como isso refletiu não apenas no protagonista e seu antagonista, mas como também nos diversos personagens, como Odin, Jane Foster, Erik Selvig e outros.

O disparo da história é o evento que se aproxima dos nove reinos: a convergência, o alinhamento de todos os mundos faz com que se criem conexões invisíveis, o que pode resultar em grande catástrofe. Quando Jane Foster (Natalie Portman) encontra uma destas conexões, enquanto procurava por Thor, vai parar em um dos reinos. Ela encontra o Éter, a matéria negra, criada a partir das próprias sombras que possui poder para erradicar a luz de todo os nove reinos. Jane acidentalmente absorve o Éter, despertando o poder e consequentemente, despertando o líder dos elfos negros, Malekith e seu exército, que se encontrava em sono profundo aguardando o retorno do poder.



Sofrendo e com pouco tempo de vida, devido o tal poder dentro de Jane, Thor retorna a Terra para levá-la para o reino de Asgard, buscando encontrar uma maneira de salvá-la. É quando Malekith invade Asgard em busca do Éter dentro de Jane, desencadeando uma invasão destruidora em Asgard. Para impedir o vilão e seu exército, Thor deverá contrariar as ordens de guerra dadas pelo seu rei e pai, Odin, e partir para o mundo sombrio, mas para concluir tal tarefa, o Deus do Trovão precisará da ajuda de seu irmão, Loki para conseguir vencer este inimigo em comum.

Com uma história que não chega a ser necessariamente empolgante, Thor: O Mundo Sombrio compensa pela atuação madura e mais desenvolvida dos atores com seus personagens. Chris Hemsworth parece ter chegado ao ponto certo de Thor, tal como Tom Hiddleston interpreta magnificamente Loki como jamais visto antes em "Thor" e "Os Vingadores". Com o grande foco em cima dos dois personagens, ambos conseguem carregar juntos o filme. O alívio cômico do filme novamente fica nas mãos de Kat Dennings, interpretando a colega de Jane: Darcy, juntamente com Erik Selvig (Stellan Skarsgård) que após a lavagem cerebral de Loki no último filme, é internado em uma clínica psiquiátrica, o que resulta em boas piadas.

Não apenas com "alívio", o filme é bem carregado com humor, mas com piadas nas horas certas. A grandiosidade do filme se dá aos personagens e não a ação. Alan Taylor, o novo diretor, famoso pelo seu trabalho em Game Of Thrones, entrega seu dever de casa e consegue deixar Thor: O Mundo Sombrio na lista de um dos melhores filmes da Marvel Studios e um dos melhores blockbusters do ano.

Nota: 1O/1O